domingo, 3 de janeiro de 2010

BLOG DO THURBAY

Li um texto no blog do Carlos Escóssia que foi copiado do blog do Thurbay e por concordar com o que texto expressa farei como o Carlos, ou seja, copiarei na íntegra.

ASSIM É QUE SOMOS

A manhã inteira ouvindo e, agradecido, lendo os comentários. Chegou a minha vez de falar. Perdemos ontem, de uma lapada só, uma adutora e estamos nas mãos da governadora, mossoroense, se perderemos ou não cinco milhões de reais! Mas vamos, pelas beiradas. A senadora Rosalba Ciarlini, que meteu no bestunto que Mossoró lhe deve o favor de tres administrações e um mandato no Senado, nos cobra a dívida, propondo uma aliança geral com os seus opositores que nós, não ela, derrotamos nas urnas.

A adutora perdemos, como perdemos a refinaria, como perdemos outras tantas por conta da politicagem barata, idiota, nociva, pustulenta, que após embriagar os cerébros, putrefata as vísceras, dos que fazem a política do Rio Grande do Norte. As perdas são a materialização do odor que deles exala e que me provoca esse vômito que espero consiga escarrar na cara deles, em nome do povo. Ludibriado, roubado. Presunção? Não, indignação, sim.

Infeliz é o povo que permite se cometa todas as amoralidades, em função de projetos eleitoreiros. Autocondena-se ao julgo e ao chicote das oligarquias. Merecidamente. E não choremos presos ao mourão, ao silvo do açoite, lapeando a dignidade perdida. Não. Tornemos nossa submissão mais horrenda abrindo ao nossos algozes o sorisso que ainda nos restar. É caracteristíco dos que, livres, tornam-se submissos, acovardados, suplíces.

Estamos perdendo o direito de entoar hinos à liberdade e interpretando o repertório que nos é imposto. E chegaremos ao ponto de o faze-lo, iguais aos homens e mulheres, arrebatados da costa d’Africa, aqui tornados escravos, o faziam em murmurios chorosos, as escondidas, sob o manto da noite e protegidos pelo seu calar.

Terra da liberdade, uma ova. Somos, isso sim, uma concha na qual não entra, nem pelo acaso que não sabemos criar, ou aproveitar, um resíduo qualquer que possa vir a transformar-se em perolas e, mesmo assim, por acidente isso ocorrendo,de nada adiantaria pois somos um povo perdulariamente especialista em jogá-las aos porcos.

Não há reação, há conivências, dos dois únicos lados que nos permitem como opção. Entra-se em um para sair-se do outro. E o caminho que resta é o do retorno, não existe nova trilha ou trilha nova que nos seja permitido nela caminhar. Acomodados, deixamos que rolem os dados, ou que gire a roleta, ambos viciados. Somos, há anos, cumplíces silenciosos de um jogo de cartas marcadas. Hipocritamente, fingimos que dele não sabemos.

A liberdade, aqui, é suspeita. Inclusive e principalmente a do pensamento. Os que ousam pensar, ficam permanentemente sob suspeição. Nos impingiram que não há propositos ou ideiais só, exclusivamente, interesses individuais, que não navegam em mares infindos mas nas estreitas sarjetas das negociatas espúrias e apodrecidas. Que solvemos, admitamos.

A sordidez que nos acorrenta, explicitamente exposta nos últimos acontecimentos, será, em suas imundas minudências, abordadas nesse blog em postagens a seguir. Agora, não há espaço, não caberiam nesse grito, que não espero que ecoe, é apenas um grito lucinante de dor e comiseração, por nós mesmos.

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