quinta-feira, 8 de outubro de 2009

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Funcionários questionam mudança de prédioEsdras MarchezanDa RedaçãoFuncionários e pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II de Mossoró demonstraram, em protesto com faixas e cartazes, revolta e insatisfação com a ordem da Prefeitura de Mossoró de remanejar o atendimento da unidade para o Hospital Psiquiátrico São Camilo de Lélis. A medida faz parte do programa de "remanejamento" dos serviços que funcionam em prédios alugados para prédios pertencentes à Prefeitura. Os funcionários alegam que o hospital São Camilo não possui condições adequadas de receber os pacientes. A coordenação de saúde mental argumenta que a transferência vai ocorrer somente depois de uma reforma do prédio.Na manhã de ontem, um grupo de funcionários e pacientes da unidade - que trata de pessoas com distúrbios psiquiátricos - protestou, em frente ao prédio do Caps II, contra a decisão e cobrou do Município uma medida menos "drástica". "Os pacientes da gente já têm um histórico com o São Camilo e agora estão com medo de voltar para aquele lugar. Aqui damos um tratamento diferenciado, que tem resultados em efeitos positivos para cada um deles", disse a auxiliar de enfermagem Francisca Rodrigues. Em média, 200 pessoas são atendidas no Caps II.Para a coordenadora de saúde mental da Gerência de Saúde, Fátima Trajano, não há motivo para revolta ou insatisfação dos que fazem o Caps II. "Vamos remanejar o atendimento, mas quando estivermos com o prédio pronto e adequado para as necessidades dos pacientes. O problema foi que a notícia (da mudança de local) não deveria ter vazado, e quando vazou causou esse problema", explicou, em entrevista à imprensa. Ela disse que a determinação para que até hoje, 8, a direção do Caps II viabilizasse uma forma de transferir seus pacientes para o São Camilo foi dada pelo secretário da Cidadania, Francisco Carlos. "Mas isso vai acontecer dentro de um prazo médio de uns 30 dias, que é o tempo que deve terminar as obras de reforma do hospital", comentou Fátima Trajano.A intenção da Prefeitura é alocar o Caps II no São Camilo - prédio que pertence ao Município - e trazer alguma unidade que funcione em um prédio alugado para funcionar no atual imóvel do Caps II, em frente ao estádio Nogueirão (prédio alugado). "Isso está sendo feito para conter gastos com aluguel e reduzir as despesas da Prefeitura. Mas os serviços não serão afetados de forma nenhuma. Não tem que se preocupar. Vamos ter um Caps, com estrutura de Caps, dentro do São Camilo. Só isso", ressaltou Fátima Trajano.O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Mossoró (SINDSAÚDE), João Morais, frisou que as mudanças feitas pelo Município não têm sido bem definidas e vão prejudicar o serviço de saúde do município. A gerente de Saúde, Jacqueline Amaral, reafirmou que as mudanças não afetarão os serviços.

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